quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Futebol X Educação X Ética


Não sou a pessoa mais bem informada sobre futebol, pelo contrário não consigo ainda compreender quando é impedimento. Meu irmão é fissurado assiste a todos os jogos e fui me habituado a admirar essa arte maravilhosa, torcer (Flamengo e Bahia uma combinação super estranha) e principalmente observar nosso gingado particular, nossas viradas, dribles, coisa própria e inovadora do brasileiro. Quando estava estudando, não me recordo com precisão, mas uma das disciplinas que estudei, tratava das inteligências múltiplas de Gardner (psicológogo que trabalha o cognitivo educacional). Para ele nós podemos desenvovler ou apresentar até sete inteligências múltiplas, uma delas que enfoco agora é INTELIGÊNCIA CORPORAL-CINESTÉSICA, a inteligência corporal-cinestésica está relacionada com o movimento físico e com o conhecimento do corpo. É a habilidade de usar o corpo para expressar uma emoção (dança e linguagem corporal) ou praticar um esporte, por exemplo. Isso nos remete a compreensão mais amdurecida sobre Pelé, Ronaldo, Daiane dos Santos e tantos outros destaques do nosso esporte. Mas o que acredito ser mais importante além do talento empírico, é a postura, o comportamento, isso não se limita apenas no exemplo do esporte. Educação permeia em todos os campos, e deve ser o fio condutor para a formação do indivíduo, do homem, do ser. Falar de uma postura educada é também falar de ética, que é justamente um coquetel de conceitos juntos, é respeito, é cuidado, é responsabilidade, é sigilo, é compromiso consigo e com o outro de forma linear. Atualmente fomos acordados para um tititi no esporte, a postura do Neymar do Santos numa partida de futebol, a declaração do técnico adversário acordou para um problema grave a falta de educação. Certa vez li um texto muito legal sobre elegância, nele tratava o termo muito mais do que se portar bem numa mesa, escolher a roupa adequada as ocasiões ou falar línguas adversas. Elegância é acima de tudo educação, é humildade, é solidariedade, é reconhecer quando errou, é desculpar-se pelo erro. A falta de respeito do Neymar pelos companheiros de equipe, pelo tecnico de clube e principalmente pela falta de tato dos dirigentes em compreender que é preciso "educar" o Neymar, nos faz refletir sobre o quanto o compromisso do educar é incansável e nunca sai de moda. Educar é tarefa cotidiana, é dos pais, é da escola,é também de quem convive no entorno do indivíduo. Neymar é um exemplo claro de que é preciso muitas vezes parar, ele nos atenta a postura do Adriano no Flamengo o ano passado, o não profissionalismo, o egocentrismo, a sensação do Narciso. De achar que é o único, o principal, o insubstituível, a demissão do Dorival (Técnico do Santos, após episódio), aponta para a ética que vem se desvalorizando com o dia-a-dia. A falta de respeito com o profissional, repercutiu nessa demissão absurda, esse é o preço que se paga por tentar fazer o trabalho de forma correta, íntegra. Pode parecer que esssas notícias estão longe da realidade das nossas escolas, mas esses ídolos são a referência das nossas crianças, dos nossos alunos, e não fomentar ou tentar solidificar o caráter nessa fase da infância e adolescência nos trará prejuízos graves como a perpetuação em massa de novos Brunos, Neymars e Adrianos na sociedade.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Política

Somos seres inseridos na política, organizados politicamente, vigiados e em posturas políticas de forma consciente ou inconsciente. O momento das eleições se aproxima e a cada quatro anos as nossas opções parecem que se deterioriam. Somos vítimas de promessas sem propósito, de uma perda de vivacidade, atentos constantes da incredulidade, do pessimismo. Isso independe do PT, PSDB, PV, PSTU, PSol e tantos outros P's que somos telespectadores. Há tanta coisa a se fazer e seguimos no mesmo texto, nas mesmas visões. Mesmo com o passar dos anos, das mudanças de políticos ainda nos debatemos com os mesmos jargões: fome, violência, saúde precária, educação náufraga. E estamos habituados a destinar a culpa desses cotidianos as entidades públicas, nos insentado do nosso compromisso diário e vigilante com o próximo. Com a necessidade de exercer a misericódia, de estender mais a mão, os ouvidos, os ombros, um pequeno tempo da sua rotina, por uma palavra amiga que pode salvar um suicídio, pela paciência em compreender mais o outro e amenizar a arrogância e as dores. Amyr Klink um comandante famoso brasileiro, que retrata suas viagens em livros muito bem vendidos pelo mundo, chegou a citar em uma de suas obras que passou por uma dificuldade em seu barco, ele deixou de funcionar, mas para ele o que foi mais difícil naquele momento, era admitir que a falha mecânica tinha sido sua culpa, exclusivamente sua, ou seja, ele não tinha a quem culpar, estava sozinho nesta viagem, e o não encaminhamento de culpa afligia seu ser. Admitir que erramos, é uma tarefa muito difícil. Por isso humildade está completamente desassociada de pobreza. Ser humilde independe da classe social, gênero, sexo, é o elo com índole, caráter. Com as eleições, é momento de ponderar nossa índole, nosso ser, o voto é um instrumento individual, intransferível, sério. Uma decisão impensada, pensando nos própios interesses, repercurte no todo, ai se faz a solidariedade, pensar no próximo, pensar que podemos escolher o melhor pelo todo é a nossa missão. Também existirão aqueles que dirão: Nenhum dos candidatos são ideais. Mas penso que dentre os que estão na coragem de seguir, é preciso escolher, não inutilizar seu principal instrumento de democracia. Mas sim exercê-lo com respeito em primeiro momento a você, acreditar que é possível mudar, justamente para que não se destine a culpa, que foi parcela sua como contribuinte apenas a terceiros.

domingo, 5 de setembro de 2010

Alunos Produzindo-FTC/Ead-Ubaitaba-Ba


Alunos do curso de Pedagogia, expondo as principais atividades de Matemática, detonadoras da construção do conhecimento para crianças de 05 anos, pertencentes a educação infantil.

A Negligência nas Faculdades a Distância

O modelo EAD, surgiu como revolução as possibilidades de acesso nas massas menos favorecidas para a conclusão de um ensino superior. Teoricamente falando, é um modelo incrível, o aluno assiste as aulas com a mediação de um tutor em tempo real, tem acessos as mais diversas mídias, como os ambientes virtuais os fóruns, além dos esclarecimento das possíveis dúvidas ao vivo. Sou suspeita de falar das EAD's, pois sou fruto dessas modalidade , formada em Normal Superior, vivenciei por três anos essa experiência. A adaptação foi complicada, estudar com professores que possivelmente nunca saberão que fizeram ou fazem parte da sua formação, é assustador, mas com o tempo, se acaba habituando e tentando acompanhar a velocidade dos trabalhos propostos (que é um grande defeito desta proposta a distância). As aulas acontecem geralmente uma vez por semana e isso é compensado pelo excesso de trabalhos programados, o acúmulo de textos e propostas. O aluno em quase sua totalidade não ler os links direcionados, muitos menos produzem os trabalhos. A internet é uma das maiores e melhores invenções do mundo, o universo fica ao seu dispor e os trabalhos de terceiros também. A pesquisa foi substituida pelos plágios e cópias muitas vezes sem nexos de diversos trabalhos. Pesquisa é fundamental , a leituras dos artigos alheios e trabalhos publicados possibilita o amadurecimento e ampliação do entendimento das mais variadas questões, afinal nenhuma construção, seja ela discurso ou nas próprioas falas surge apenas das nossas cabeças, é preciso vivenciar outros ambientes, outras leituras. O que se distorce atualmente e isso se amplia nas modalidades presenciais também é o descomprisso do aluno. Sempre afirmo aos meus alunos: "o aluno compromissado, se faz em qualquer modalidade". Porém é preciso admitir que os alunos "irresponsáveis" se configuram com mais evidência nas modalidades a distância. Talvez pela ideia de "facilidade" que esses modelos representam na visão geral. Estou trabalhando nessa proposta, invertir os papeis, sai da condição de aluna e estou mediando. Acredito na seriedade da proposta, no bom conteúdo e discordo que o conhecimento apenas de faz numa modalidade presencial, ética e envolvimento se molda na índole do indíviduo. Quatro vezes por semana me encontro com os alunos, e procuramos explorar o debate, e desenvolver os trabalhos com a consciência da importância de não negligenciar o próprio conhecimento. Afinal nenhuma faculdade oferece o conhecimento, apenas subsídios, cabe ao sujeito inserido no processo fundamentar sua autonomia.